sábado, 31 de outubro de 2009

Esclerose Múltipla

"A Esclerose Múltipla (EM) afecta mais de um milhão de pessoas em todo o mundo. Os estudos epidemiológicos apontam para a existência de 450.000 pessoas com Esclerose Múltipla só na Europa, sendo a incidência maior nos países nórdicos. Estima-se que o número de doentes em Portugal seja da ordem dos 5000.


O que é a Esclerose Múltipla?
A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória crónica, por vezes, irreversível, desmielinizante e degenerativa, do sistema nervoso central que interfere com a capacidade do mesmo em controlar funções como a visão, a locomoção, e o equilíbrio, entre outras.Denomina-se Esclerose pelo facto de, em resultado da doença, se formar um tecido parecido com uma cicatriz, que endurece, formando uma placa em algumas áreas do cérebro e medula espinal.Denomina-se Múltipla, porque várias áreas dispersas do cérebro e medula espinal são afectadas. Os sintomas podem ser leves ou severos, e aparecem e desaparecem, total ou parcialmente, de maneira imprevisível.É desmielinizante porque há caracteristicamente lesão das bainhas de mielina que envolvem as fibras nervosas, como se refere adiante. É degenerativa porque surge também lesão da própria fibra nervosa, por vezes irreversível.


Doença do Sistema Nervoso Central
O Sistema Nervoso Central, é constituído pelo encéfalo e pela medula espinal, e funciona como uma "central de comandos", isto é, actua como um quadro de distribuição, enviando mensagens eléctricas e químicas através dos nervos para as diversas partes do corpo. Estas mensagens controlam todas as funções, em particular os movimentos, conscientes e inconscientes do nosso corpo. A comunicação ocorre através de impulsos nervosos - sinais eléctricos conduzidos ao longo dos nervos.


Sistema Nervoso Periférico
Para além do Sistema Nervoso Central, existe também o Sistema Nervoso Periférico, composto pelos nervos distribuídos pelo corpo, os quais podem ser de dois tipos, os nervos sensitivos e os nervos motores. Os nervos sensitivos conduzem as informações da periferia para o Sistema Nervoso Central, por exemplo acerca do que se vê, ouve, cheira, sente e saboreia. Os nervos motores transportam os sinais de comando do Sistema Nervoso Central aos músculos, para o controlo do movimento e das funções corporais em geral, como a frequência cardíaca, respiração, digestão, produção de suor.Quando se segura numa folha e se inicia a sua leitura, o Sistema Nervoso Central realiza várias funções. Por exemplo, envia sinais de comando sobre o modo como os seus braços devem segurar na folha e interpreta a informação proveniente dos seus olhos à medida que lê."

Fonte:



Video sobre esclerose múltipla:



domingo, 25 de outubro de 2009

A Lobotomia


A lobotomia, mais especificamente a leucotomia ("corte da substância branca"), é uma intervenção cirúrgica no cérebro, desenvolvida em 1935 pelo médico neurologista português António Egas Moniz (1874-1955), em equipa com o cirurgião Almeida Lima, na Universidade de Lisboa. Esta abordagem cirúrgica consistia na abertura de série de orifícios no crânio, por onde passava um instrumento chamado leucótomo de fio, onde são realizados movimentos de lateralidade, ele cortava as fibras, e o paciente podia recuperar-se rapidamente. Moniz relatou os resultados com alguns pacientes. Pacientes que eram gravemente agitados, ansiosos ou deprimidos tinham mostrado bons resultados em alguns casos, enquanto que em outros não se obtivera sucesso. Moniz foi cauteloso em propor que a leucotomia deveria ser utilizada somente quando o caso não tivesse mais nenhuma esperança de tratamento por outros meios.


No entanto, um neurologista clínico americano muito ambicioso, chamado Walter Freeman, compareceu ao mesmo congresso de Londres de Egas Moniz, e posteriormente leu os seus resultados numa publicação. Perante os resultados ele uniu-se a um neurocirurgião, James Watts, para aplicar a nova técnica a pacientes americanos. Eles operaram pela primeira vez em Setembro de 1936. Ambos aperfeiçoaram a técnica cirúrgica, chegando ao que eles denominaram "Procedimento Padronizado de Freeman-Watts", que continha um conjunto preciso de orientações para melhorar a inserção do leucótomo.



Mais tarde, em 1945 inventou uma técnica desenvolvida por um italiano, que consistia em realizar um acesso ao lobo pré-frontal através da órbita do olho, que era trepanada e depois inserido o leucótomo. Para poder curar um maior número de pacientes desenvolveu uma forma muito mais rápida e simples, de realizar esta técnica, passando a ser usado um quebra-gelo, um instrumento pontiagudo, ao invés de um leucótomo, que necessitava da trepanação. Sob anestesia local, o quebra-gelo era apoiado no teto da órbita, e com uma leve pancada de um martelo, atravessava a pele, (tecido subcutâneo) osso e meninges, chegando ao lobo pré-frontal. Com um movimento lateral de 30 graus, as fibras eram desconectadas. Demorava-se não mais do que alguns minutos e não era nem mesmo necessário internar o paciente num hospital. O procedimento era tão impressionante, no entanto, era muito severa, o que levou a Watts acabar com a parceria com Freeeman.




As objecções éticas começaram, então, a se acumularem, devido ao dano irreversível causado no cérebro, e também devido aos sérios efeitos colaterais sobre a personalidade e a vida emocional dos pacientes, que começaram a ser relatados. Além disso, o aparecimento de novas e eficazes drogas antipsicóticas e antidepressivas, como a torazina, nos anos 50, que começaram a combater os sintomas mais sérios das psicoses em pacientes agitados e incontroláveis. Os neurocirurgiões acabaram por abandonar a lobotomia a favor de métodos mais humanos de
tratamento.





video esclarecedor do tema ( retirado do youtube) :


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Stephen Hawking aposenta-se da cátedra «Lucasiana»


''O astrofísico britânico Stephen Hawking vai abandonar quinta-feira um dos mais prestigiados postos universitários do mundo: o lugar de Professor de Matemática em Cambridge (Cátedra Lucasiana), ocupado por grandes nomes da ciência como Isaac Newton, investigador que descobriu a Lei da gravitação universal.Stephen Hawking, de 67 anos, é internacionalmente reconhecido pelos seus trabalhos sobre o universo e sobre a gravidade.Escreveu «Breve História do Tempo», um dos maiores êxitos da literatura científica para leigos, onde explica vários temas de Cosmologia, entre eles a Teoria do Big Bang, os buracos negros, os cones de luz ou a Teoria das Supercordas.Escreveu igualmente «Georges e os segredos do Universo», em co-autoria com a sua filha, a jornalista e escritora Lucy Hawking. Aqui, explica-se os principais conceitos da Física e da Astrofísica através de uma história para o público infantil.Com esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa incapacitante diagnosticada quando tinha 22 anos, o astrofísico move-se há vários anos numa cadeira de rodas e comunica através de um computador e de um sintetizador de voz. Hawking começou a trabalhar na Universidade de Cambridge em 1962 e foi nomeado em 1979 para a Cátedra Lucasiana, que agora abandona por ter atingiu o limite máximo de idade permitida para aquele posto. No passado mês de Abril, Hawking foi foi atingido por uma grave infecção no peito, da qual conseguiu recuperar. Apesar de deixar a leccionação, continua a trabalhar em Cambridge, como director de investigação do departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica. ''


Fonte: Site Ciência Hoje 1/10/2009


Nota: A Esclerose lateral amiotrófica (ELA) (também designada por doença de Lou Gehrig e doença de Charcot) é uma doença neurodegenerativa progressiva e fatal, caracterizada pela degeneração dos neurónios motores, as células do sistema nervoso central que controlam os movimentos voluntários dos músculos.
É a forma mais comum das doenças do neurónio motor e o termo esclerose lateral refere-se ao "endurecimento" do corno lateral da medula espinal, no qual se localizam fibras nervosas oriundas de neurónios motores superiores, formando o trato cortico-espinal lateral.
Os músculos necessitam de uma inervação patente para que mantenham sua funcionabilidade e trofismo, assim, com a degeneração progressiva dos neurónios motores (tanto superiores, corticais, quanto inferiores, do tronco cerebral e medula), ocorrerá atrofia por desnervação, observada, na clínica, como perda de massa muscular, com dificuldades progressivas de executar movimentos e perda de força muscular.


Fonte: wikipédia

domingo, 11 de outubro de 2009

Doença de Alzheimer



Sendo uma doença degenerativa do cérebro, com inicio mais frequente após os 65 anos, a doença de Alzheimer influência a perda das habilidades de pensar, raciocinar, memorizar etc.


As suas causas ainda não são conhecidas, contudo sabe-se que pode estar relacionada com mudanças nas terminações nervosas e nas células cerebrais que interferem nas funções cognitivas. Outros aspectos que podem ter influencia nesta doença são os neuroquímicos, o ambiente, as infecções e a pré-disposição genética em algumas famílias.


Não existe um diagnóstico certo relacionado com esta doença sendo este feito através da exclusão de outras doenças como os traumatismos cranianos, os tumores cerebrais ou a arterioesclerose.


Não existindo, ainda, cura para esta doença o tratamento destina-se apenas ao controle dos sintomas e a protecção da pessoa doente relativamente aos efeitos produzidos pela deterioração trazida pela sua condição.É importante salientar que esta doença não afecta exclusivamente o paciente, mas também as pessoas que lhe são próximas, tendo estas de estar preparadas para uma sobrecarga, não só financeira, mas também física e psicológica.

Ao longo de mais de um século, esta doença tem afectado pessoas bastante conhecidas como:


  • Frau Auguste D. ( primeira paciente)

  • Winston Churchill

  • Chariton Heston

  • Edmond O´brien

  • Rita Hayworth

  • Sugar Ray Robinson

  • Harold Wilson ( antigo primeiro ministro do Reino Unido)

  • Charles Bronson

  • Raymond Davis Jr ( Nobel da Física 2002)

  • Juliana of Yhe Netherlands (antiga Rainha da Holanda)

  • Ronald Reagan


Aqui se prova que o Alzheimer, tal como qualquer outra doença, não escolhe classes sociais.



De seguida o link de um site, em inglês, com videos esclarecedores do tema:

http://www.aboutalz.org/

Primeiro video com legendas em português:

http://www.youtube.com/watch?v=h30Qn5YQNLw

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Prémio Nobel da Medicina

No passado dia 5 de Outubro de 2009, foi atribuído o prémio Nobel da Medicina a três cientistas de origens diversas que trabalham nos EUA: Carol Greider, Elizabeth Blackburn e Jack Szostak. Os três investigadores foram premiados por terem feito avançar os conhecimentos sobre o envelhecimento celular. Vão receber um prémio de dez milhões de coroas suecas, quase um milhão de euros. Os três premiados debruçaram-se sobre a enzima telomerase, que protege as células do envelhecimento e tem implicações para a investigação sobre o cancro.



O envelhecimento, caracterizado por uma diminuição da multiplicação das células e consequente não reposição de muitas das que vão morrendo, estará associado ao encurtamento dos cromossomas na região dos telómeros. Com o passar dos anos assistir-se-à a uma progressiva diminuição da produção de telomerase e, daí o rápido encurtamento dos telómeros e o acentuar do fenómeno do envelhecimento, que seria assim o resultado de uma menor acção da enzima, qual relógio biológico marcando o inevitável aparecimento da senescência celular.


O facto de as células cancerígenas, que mantêm a sua capacidade de multiplicação ao longo do tempo, apresentarem uma elevada actividade da enzima telomerase, será indicativo de que à vida se colocou o dilema de terminar por envelhecimento em resultado da diminuição da acção da enzima, ou ser aniquilada pelo cancro, por actividade elevada da enzima, pois o não controlo da multiplicação celular desembocará, inevitavelmente, num esgotamento dos recursos de matéria e energia necessários à proliferação infinita de células.
A natureza é sábia e a vida é um jogo de equilíbrios estabelecidos ao longo do processo evolutivo.




sábado, 3 de outubro de 2009

Dia mundial do Alzheimer


No passado dia 21 de Setembro comemorou-se o dia mundial do Alzheimer, data escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Federação Internacional de Alzheimer, com o objectivo de sensibilizar a população divulgando a doença e solicitando o apoio e a solidariedade da população em geral assim como de instituições governamentais.

O Alzheimer é a forma mais comum de demência. Esta doença degenerativa, até o momento incurável e terminal, foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, de quem herdou o nome. Esta doença afecta geralmente pessoas acima dos 65 anos, embora seu diagnóstico seja possível também em pessoas mais novas. Os seus sintomas são sentidos em 4 fases (em breve publicaremos uma descrição mais sunssinta e cada uma das fases).


Este foi também o dia escolhido para o lançamento do novo site da Alzheimer Portugal ,Instituição Particular de Solidariedade Social fundada, em 1988, pelo Professor Doutor Carlos Garcia. É a única organização em Portugal, de âmbito nacional, especificamente constituída para promover a qualidade de vida das pessoas com demência e dos seus familiares e cuidadores. Tem cerca de sete mil associados em todo o país. http://www.alzheimerportugal.org/scid/webAZprt/.



E quando andava pelo youtube a pesquisar informação sobre esta doença gostei em especial deste video: http://www.youtube.com/watch?v=229-GHL9abY, não está em Português mas percebe-se francamente bem.
(Claro que a data já passou, mas não poderiamos deixar de dar destaque a este dia no nosso blogue, é preciso promover dias como este.)