No passado dia 12 de Abril uma equipa de investigadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suiça, descobriram uma molécula com grande impacto na formação de neurónios e cuja ausência pode levar a estados de depressão e ansiedade.
A instituição informou que esta molécula designada MIF (Macrophage Migration Inhibitory Factor,) tem um “impacto sobre o estado ansioso e/ou depressivo dos ratos, o que pode indicar uma mudança de comportamento"
A equipa de investigação foi dirigida pela directora do Laboratório de Genética Comportamental do EPFL, Carmen Sandi, descobriu, assim, que esta molécula quando esta ausente inibe a produção de genes e desencadeia o aumento destes tipos de comportamentos. Estes cientistas, também descobriram que a MIF era encontrada em grandes quantidades nas células-tronco do hipocampo, local importante do cérebro para a formação da memória e de novos neurónios.
Tendo em conta os novos neurónios estudos anteriores vieram a comprovar que a formação destes era um factor importante para reduzir a ansiedade, portanto a investigação consistiu na manipulação da presença da MIF no cérebro dos ratos, onde os cientistas acabaram por eliminá-la
Constatando, assim, que a ausência da molécula reduzia de forma significativa a produção de novos neurónios, aumentando, por consequência a ansiedade.
Com as suas investigações a equipa, conseguiu ainda provar que a ausência da MIF diminuía a capacidade dos antidepressivos de estimular a formação de neurónios, desencadeando, assim, os estados depressivos.
”Com esta descoberta, os cientistas da EPFL esperam agora desenvolver fármacos contra a depressão, que, segundo a Organização Mundial de Saúde, afecta 121 milhões de pessoas no mundo.”